Sejam bem-vindos à nossa 3ª edição: O gênero é só o começo
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Aqui quem vos fala é o Davi, um dos editores desse projeto tão mágico e único que é a Singular, e, antes de tudo, queria dizer que falhei. Essa é a quinta vez que me sento na frente do computador para redigir algo para esta edição, mas agora, diferente das demais tentativas, não tenho a pretensão de escrever um texto para a revista. Foram muitos temas, incertezas e alternativas tomadas, mas nenhuma promissora o suficiente para ganhar forma por aqui, então, ao invés de subir qualquer coisa outra coisa para o ar, resolvi usar meus privilégios de editor para abertamente dizer que falhei na premissa básica do projeto.
Mas o que é falhar?
Pensando dentro da nossa proposta, a terceira edição tem 12 textos escritos por algumas das mentes mais enervantes e jovens do cenário de crítica cultural. Nossa abordagem estética e a linha condutora da revista, uma discussão dúbia de gênero, caíram como uma luva e tornaram-se uma simbiose repentina, unindo forma e conteúdo de um jeito incrível. O projeto cresce cada vez mais e encontra nas mais diversas pessoas a possibilidade de dar passos maiores em suas produções. Pensando assim, eu não falhei, todos nós falhamos:
Falhamos em produzir um conteúdo superficial.
Falhamos em nos agarrar a algoritmos para chamar atenção.
Falhamos em não escolher um tema e deixar que cada um falasse do que o peito lhe despertasse vontade.
Falhamos em não dar ao público o que eles querem, mas sim o que queremos.
Falhamos em ser mais do mesmo.
Esse é o peso de se ser Singular: em um mundo pluralmente mais igual, ser diferente é a falha e tenho orgulho, como editor, de dizer que falhamos muito. O gênero é só o começo e começos são cheios de falhas.
Aproveitem!
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